Muitos artistas, após estrearem em grupos, acabam descobrindo talentos em áreas como a atuação e, até mesmo, na carreira solo. Porém, a transição do grupo ao solo nem sempre é tão fácil. Mas para os que persistem, os frutos podem ser recompensadores.
Quando a arte encontra um caminho solo
A transição dos idols de kpop para carreiras solo depois de anos em grupos é uma oportunidade significativa, tanto em termos artísticos quanto profissionais. Alguns aproveitam o hiato do grupo para focar em projetos individuais. Em outros casos, como o do cantor Wonho, há quem opte por deixar o grupo para seguir uma trajetória solo.
O Taemin (SHINee), em entrevista para a Billboard, revelou que a maior diferença entre trabalhar em grupo e como artista solo está na dinâmica de cada formato. No grupo, cada membro contribui com suas próprias cores, que se combinam para formar uma identidade única, já que o brilho vem da união das individualidades. Já como solista, ele pôde reunir toda a sua experiência e expressar plenamente quem ele é como indivíduo.
Portanto, trabalhar em um álbum solo é uma chance de se redescobrir e entender como sua música ressoa. Jackson (GOT7), por exemplo, apresenta uma imagem bem diferente na carreira solo. Em uma conversa com o também solista Eric Nam, ele revelou que essa jornada está ligada ao processo de se encontrar por meio de tentativas e erros.
O artista também destacou que, muitas vezes, a imagem de um idol no grupo não reflete sua verdadeira essência como cantor. Isso não desvaloriza nem diminui o trabalho feito no grupo, mas nos faz refletir que, por vezes, podemos redescobrir um artista em sua carreira solo.
As dificuldades na jornada do grupo ao solo
Apesar dos presentes que recebemos como fãs, essa trajetória do grupo ao solo pode ser desafiadora e solitária para quem está nos palcos. Redescobrir a si mesmo, especialmente após tantos anos dedicados a um grupo, não é uma tarefa simples. É como se fosse necessário entender uma “outra pessoa” dentro de si mesmo, e reconhecer as diferentes facetas que existem em seu interior.
A Jihyo, do Twice, disse uma vez: “Eu me conheci muito melhor como indivíduo, mas também senti a pressão de trabalhar sozinha, já que estou tão acostumada a colaborar com outras oito integrantes. Foi meio estressante.”¹.
Temos também o exemplo da Jessica (ex-Girls’ Generation), que em 2014 chocou seu fandom ao relevar que havia sido afastada do grupo sem motivo justificável. E, apesar do motivo de sua saída nunca ter sido esclarecido, Jessica seguiu carreira solo, lançando álbuns, participando de reality shows e atuando como empresária.
Porém, ela enfrentou um dos períodos mais difíceis da sua vida quando a mídia sul-coreana a colocou em “blacklist”, uma prática usada por terceiros para impedir artistas de aparecer em programas, eventos, etc.
Também há flores para quem persiste
Vale lembrar que, embora o caminho possa parecer incerto em alguns momentos, sempre há uma luz à espera no fim do túnel. O cantor G-Dragon estreou no Big Bang em 2006 e logo revelou seu potencial como solista, e, após mais de 15 anos de carreira solo, continua despertando expectativa por seu estilo único que vai além da música.
Depois de anos de trabalho, o cantor lançou seu lightstick próprio, que se mostrou um encanto até para quem não era do seu fandom. No vídeo abaixo dá pra ver o quanto o modelo é bonito, e a alegria genuína do fã ao tê-lo em mãos depois de uma longa espera:
Outra artista que tem enriquecido o cenário do kpop com seu trabalho solo é a Chuu, ex-integrante do grupo Loona. Em 2022 sua antiga agência a expulsou com base em alegações falsas, mas em suas próprias palavras, os momentos difíceis foram esquecidos através de muito trabalho¹. Coincidentemente, ela também tem um lightstick em formato de flor, que prova que o caminho também é florido para quem não desiste de fazer o que ama.
Por fim, aproveite e leia outra matéria muito especial e conheça nossa experiência como fãs de kpop há 15 anos, que nos permite compreender o impacto que cada artista tem nas nuances do gênero — seja em grupo ou em carreira solo.